sexta-feira, 29 de agosto de 2008

AVANTE!!

Hoje não tenho muito assunto. Só quero poder olhar pro espelho de cara lavada e dizer:
"Mostra que o que pensam de você é muito pouco perto do que você sabe de si mesmo.
Que bem maior que o descrédito dos outros é sua capacidade de ser melhor, de crescer.
E lembre-se que o todo crescimento é gradativo... que os espinhos antecedem o desabrochar da rosa.
Não passe recibo para aqueles que te subestimam. A estima que vai alavancar o seu trabalho está dentro de você e não nas concepções alheias.
Confie em si mesmo mesmo quando te olharem incrédulos. A fé não precisa mover montanhas, basta apenas que mova seus pés.
Que o seu melhor hoje seja o ponto de partida para amanhã, para que "superação" seja seu lema.
Jamais esqueça suas origens. É mais fácil saber onde quer chegar quando se sabe de onde veio.
Lembre-se das pessoas que estão em sua casa. Elas oram por você. Pensam em você enquanto você chora sozinho por medo de não conseguir.
E nunca se renda diante das dificuldades que surgirem. São elas que mostram o quanto custa chegar até o final. São elas que temperam o sabor da vitória!!!"



quarta-feira, 13 de agosto de 2008

DE PATRÍCIA PILLAR À SUPER HOMEM...



As palavras têm o poder de se fazerem nossas mesmo sendo proferidas por outros. É a magia da linguagem, onde o que é dito pode ter vários sentidos. Então... por que não vários proprietários?
Não sei por qual motivo me caiu nas mãos uma entrevista da Patrícia Pillar. Sim, sim. A Flora, psicopata de “A Favorita”. A Luana sem-terra de “O Rei do Gado”, a esposa de Ciro Gomes. Ou simplesmente a Patrícia. Mulher, brasileira, atriz. Perguntada sobre seu casamento disse a frase da qual me aposso: “É na fragilidade que os encontros acontecem!!”.
Gostei de ler isso. Reforça em mim a idéia de que um bom relacionamento é feito de almas que se completam. Fragilidades que se encontram e se superam. Desmistifica o clichê da “pessoa ideal”, do “príncipe encantado”... da “cinderela”. Não existe a pessoa perfeita. A perfeição por si só se basta. Os gregos a vêem como algo que já está acabado, pronto, chegou onde devia chegar. De maneira que a pessoa perfeita não precisaria do outro. É a contradição da condição humana, que é a de ser social, carente de contato. Sociologia à parte, a força do homem está justamente em reconhecer a fragilidade que se tem. Em ser o que se é.
“Ser o que se é” faz com que estejamos em constante processo de sermos melhores. É a conseqüência natural do auto-conhecimento que, por sua vez, nos dá maior facilidade para conhecer os que nos cercam. Entrar no mistério do outro.
São as nossas fragilidades que nos fazem humanos. Nos diferenciam dos anjos, do príncipe encantado, dos heróis da Marvel. Quando vêm à tona nos lembram de que não existe super-homem. Que são mais reais que as kryptonitas. Parecem nos avisar que o verdadeiro herói é aquele que consegue voar com os pés no chão. Ciente das próprias limitações. E quem vai dizer que isso é ruim? Foi em terra firme que Clarck Kent conheceu Lois Lane.

sábado, 9 de agosto de 2008

DIA DOS PAIS

Meu pai se chama “Nadir”. É mulher, linda, e antes de mais nada, é minha mãe. Foi essa mulher quem me ensinou a ser homem. Além do ofício materno, Nadir me ensinou a andar de bicicleta, recuperou as bolinhas de gude que perdi para os amigos. Joga como ninguém. Ensinou-me que “não” é não, e que “pode ser” é quase um “sim”. Minha mãe é guerreira. Era ela quem eu chamava quando tinha medo de apanhar na rua. Foi ela quem pegou a primeira cartinha de amor que escrevi para a Télia, uma colega do primário. Lembro que ela me dizia: “Filho, você vai estudar e fazer uma faculdade! Tem que ser alguém na vida e isso se consegue estudando!”. Eu nem sabia o que era faculdade.
Um dia ela ficou sabendo que eu tava aprendendo violão na Igreja. Não fui eu quem disse isso pra ela. Eu não levava a música a sério. Aí ela chegou com um violão em casa e disse que tinha comprado pra eu aprender. Vive cantando as “modas” comigo.
Quando resolvi cursar jornalismo fui falar com ela. A faculdade era particular e eu precisava saber se teríamos condições de pagar. Achei que ela fosse perguntar o preço, mas a primeira coisa que ela me perguntou foi: “Você quer fazer o curso? Se quiser presta o vestibular que nós damos um jeito!”. Minha mãe deu um jeito. Até hoje ela paga empréstimo no banco. Cumpriu a palavra.
Quando saí de casa as lágrimas que vi nos olhos dela era de quem sabia que um dia todo filho ganha o mundo. É natural que seja assim. Já eu chorava porque me afastava do meu porto seguro, meu sustento, minha base.
Ainda não venci na vida. Falta muito pra isso. Mas ainda assim sigo lutando. Aprendi com ela que sem luta não há êxitos, sem lágrimas não há triunfos, sem caráter não há pessoa.
Sabe aquela frase que diz: “Meu pai é meu herói”? Então... eu fujo à regra. Tenho apenas uma heroína em minha vida!
Amanhã enquanto os filhos estiverem abraçando os josés, os antônios, os paulos da vida... eu estarei no telefone com a Nadir. Direi a ela: “MÃE! FELIZ DIA DOS PAIS!!”