Não me conformava com a normalidade da minha relação com Deus. Nenhum fato extraordinário como uma carruagem de fogo, por exemplo. Nenhuma visão de anjo, santo, ou algo do gênero. Tudo era tão comum, que eu não me achava um homem de Deus. Nós somos assim. Criamos expectativas demasiadamente fantasiosas, anulamos a realidade, e nos sentimos no direito de nos decepcionarmos quando ela se sobrepõe. É preciso sonhar com os olhos abertos.
Sempre tive a certeza de que um dia, quando alcançasse um determinado grau de intimidade com Deus, minha relação pessoal com ele seria semelhante à de Moisés. Eu me isolaria, não num monte, mas no meu quarto mesmo. Lá eu ficaria horas absorto, estático. Depois, sairia com o rosto resplandeceste para enfrentar os problemas da vida. Eu não entendia as metáforas. Eu não tinha consciência que esse meu sonho “extravagante” de me relacionar com Deus era uma máscara. No fundo, eu queria apenas respostas para minhas dúvidas com essa “manifestação poderosa” do Senhor. Falta consciência prática para entender que o fim último da manifestação Divina não é saciar nossas dúvidas, mas nossa sede de amor. Eu queria do Senhor um grito para calar minhas perguntas. E ele me dava do Seu silêncio. Há silêncios que falam... Hoje acho que compreendo o que Sto. Agostinho quis dizer quando escreveu: “Respondei com clareza, mas nem todos Vos ouvem com a mesma lucidez. Todos Vos consultam sobre o que desejam, mas nem sempre ouvem o que querem.” (Confissões, Livro X, Cap. 26).
Somos tão racionais para lhe dar com a vida. Mas quando se trata da nossa relação com Deus, sempre queremos respostas que anulam a razão para que possamos crer. Queremos respostas capazes de abrir o mar do cotidiano. Mas penso que Deus quer que mergulhemos nesse mar. Há coisas em suas profundezas que precisamos conhecer.
Começo a entender que os homens de Deus não são apenas os capazes de vê-Lo na novidade do sobrenatural, mas os que sabem contemplá-Lo na normalidade do dia-a-dia.
Sempre tive a certeza de que um dia, quando alcançasse um determinado grau de intimidade com Deus, minha relação pessoal com ele seria semelhante à de Moisés. Eu me isolaria, não num monte, mas no meu quarto mesmo. Lá eu ficaria horas absorto, estático. Depois, sairia com o rosto resplandeceste para enfrentar os problemas da vida. Eu não entendia as metáforas. Eu não tinha consciência que esse meu sonho “extravagante” de me relacionar com Deus era uma máscara. No fundo, eu queria apenas respostas para minhas dúvidas com essa “manifestação poderosa” do Senhor. Falta consciência prática para entender que o fim último da manifestação Divina não é saciar nossas dúvidas, mas nossa sede de amor. Eu queria do Senhor um grito para calar minhas perguntas. E ele me dava do Seu silêncio. Há silêncios que falam... Hoje acho que compreendo o que Sto. Agostinho quis dizer quando escreveu: “Respondei com clareza, mas nem todos Vos ouvem com a mesma lucidez. Todos Vos consultam sobre o que desejam, mas nem sempre ouvem o que querem.” (Confissões, Livro X, Cap. 26).
Somos tão racionais para lhe dar com a vida. Mas quando se trata da nossa relação com Deus, sempre queremos respostas que anulam a razão para que possamos crer. Queremos respostas capazes de abrir o mar do cotidiano. Mas penso que Deus quer que mergulhemos nesse mar. Há coisas em suas profundezas que precisamos conhecer.
Começo a entender que os homens de Deus não são apenas os capazes de vê-Lo na novidade do sobrenatural, mas os que sabem contemplá-Lo na normalidade do dia-a-dia.