segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Amor, Educação... Respeito!!!

Vez ou outra me pego pensando no seguinte mandamento: "Amar o próximo como a ti mesmo". Jesus era mesmo psicólogo. Amar a si mesmo consiste numa tarefa difícil, num autocontrole constante, em escolhas que não se baseiam necessariamente em nossos desejos, mas em nossas necessidades. Amar a si mesmo é a eterna busca pela maturidade. Somente a pessoa amadurecida pode amar o outro. E o amor, seja por si mesmo ou por quem quer seja, não pode se resumir num sentimento. Amar o outro é não dar a ele um fardo que é seu. É, além de dar a Deus o que é de Deus e a César o que é de César, dar a si mesmo aquilo que é seu. Inclusive a responsabilidade pelos próprios atos. É vontade. Santa Faustina Kowalska ouvia isso do Senhor: "...Sua força está na vontade". E o que mais peço ao Senhor nos dias de hoje é a vontade de amar. Quero começar com os atos. Atitudes repetitivas viram hábitos, e é isso que quero.
Mas não quero ser afoito. Quero contemplar a beleza do amor desabrochando nas pequenas coisas. Essas coisas que como diz o Canção de Maria já não são pequenas na medida em que o amor as engrandece. O respeito, por exemplo. A atitude do "bom dia", do "por favor", do "obrigado". Isso é cortesia, é reconhecer os limites seus e do outro.
Hoje percebi o quanto Deus se manifesta nesses detalhes. Você pode ser um phd em sociologia, mas se está desprovido de educação, mostra que não conhece o gênero humano. E ver isso me entristece. No meio jornalístico eu olho a frieza com a qual alguns conseguem tratar os outros. A informação é mais importante que a fonte. Não há um respeito, um carinho, uma sensibilidade. Há a técnica, o padrão, mas parece que a ideologia se distancia. Eu me entristeço. É como se a informação tivesse um objetivo em si mesma. E se não há uma ideologia no homem, como pode ele querer colaborar para a mudança de um sistema? Como pode esperar a indgnação social com tamanha hipocrisia?
Sabe... esse desabafo sem muita coesão textual é só para expressar um desejo que tenho: Na imprensa ou não, quero acreditar nas pessoas, e quero que as pessoas acreditem em mim. Quero respeitá-las, conhecê-las, tratá-las bem. E se a ideologia é tida como defeito... eis aí um dos defeitos que não faço questão de perder!!!

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Dualidade


O homem é mesmo instável, não? Por determinado motivo ele vive dias felizes e, pelo mesmo motivo, ele vive dias deprimentes, incertos. Creio que essa seja a prova de que eu não “sou”, no sentido próprio do verbo. Caracterizo-me por essa “constante” inconstância. Vivo a luta árdua entre razão e sentimentos. Quando entregue aos sonhos e vivendo-os intensamente, recebo um puxão da razão que, com mãos fortes, me chama para o mundo real. Mas o que seria de um homem sem sonhos? Esse poder de fugir da realidade é o que nos anestesia quando o real é por demais palpável. É o que nos possibilita as idéias, as metas traçadas, os alvos escolhidos.
E você quer saber quem sou eu? Sou toda essa complexidade!!! Essa luta em dosar razão e sentimentos e saber quando se deve ouvir um ou outro. Um eterno curioso pela vida. Que percebeu que, às vezes, ela insiste em correr por caminhos diferentes daqueles que esperamos pra ela. Talvez aí esteja a sua beleza... no fato de ser imprevisível. Tenho aprendido que é preciso lhe dar com isso... mas ainda tenho medo dessa contrariedade da vida! Desse seu sinal de que não sabemos nada e de que ela é um eterno aprender, ainda que seja com as frustrações.
O medo inibe a audácia e a chateação cega o espírito. Não quero nem uma coisa nem outra! Resta-me apenas a esperança e o aprendizado.Você ainda quer saber quem sou eu?Hoje sou o homem que ouve: "Pra que tanto medo de perder? A gente só perde o que não tem! O que é eterno vem de Deus... e o que vem de Deus! E o quem vem de Deus ninguém detém!!!"

sábado, 20 de outubro de 2007

OS HOMENS SÃO SENSATOS!!!!!

E os homens afirmam: são sensatos...
E o irmão que sofre
A mão do pobre
Pede pelo que está dentro: em seu cofre

É a democracia...
A diferença dos “ iguais”
Que também querem ser diferentes
Pois a igualdade é desigual

E os homens afirmam: são sensatos
O pai que acorda cedo, esfomeado e com medo
Vez ou outra, em segredo
Se alimenta do temor

É o grito dos “sem-voz”
Que não vêem um “logo após”
Que não vêem um depois

E os homens afirmam: são sensatos...
E o irmão que morre, logo após o porre
Dessa vida corre

É o suplício dos mendigos
Espancados por “sensatos”
Que mendigam por amor


E os homens afirmam: são sensatos...
A fome de quem chora
A sede de quem dorme
Consolo de quem bebe
O sono de quem come

É a disfunção humana
Irracional, mas humana
Não se ouve a consciência
É o sinal da surdez... insensatez

E os homens afirmam: são sensatos
Suicidas omissos
Que defendem a vida
Esquecendo o viver

É a disfunção insana
Do homem, mas insana
Não se enxerga a conseqüência
É o sinal da cegueira... bobeira

Mas os homens afirmam: são sensatos
É o sinal da hipocrisia... insensatez

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Sonhos...



Alguns sonhos são tão bons que ao acordarmos nos sentimos frustrados...
Acontece que nos esquecemos que realizá-los só se torna possível se estivermos despertos.
Continuar sonhando é o mesmo que continuar dormindo.
E o sonho é, por vezes, desculpas de almas que não querem mais acordar.
Tudo é tão mais fácil quanto irreal. Mais belo quanto impalpável.
E paralelo ao sonho que, agora, é devaneio
A realidade, talvez com um certo excesso de si mesma, continua sólida.
É que o fato de delirarmos e perdermos a noção do tempo
Não quer dizer que ele não exista.
Às vezes perdemos a noção de nós mesmos e ainda assim existimos.
Talvez apenas não “sejamos” no sentido constante do verbo.
É... isso é possível...
Pode ser que dormir seja o mesmo que deixar de “ser”, sem no entanto, deixar de existir.
Então que eu acorde... que eu seja!!!

terça-feira, 16 de outubro de 2007

LITTLE ALIGATTOR CITY


Caro leitor! Conforta-me imaginar que, provavelmente, você esteja sentado em uma poltrona ou em alguma cadeira para ler este amontoado de palavras. Isso anula a possibilidade de que você venha a cair de costas.
Fontes seguras dão conta de que os Estados Unidos da América terão uma Base Espacial em solo brasileiro. O local escolhido é a pacata cidade de Little Aligattor City, no Norte Paranaense. A ética jornalística me impede de revelar as fontes, mas me obriga a comentar as evidências de tal notícia. Vamos a elas:
Um dos fatores que fizeram com que os E.U.A tomassem essa atitude é puramente político. Junto com a Base Espacial, alguns agentes do F.B.I viriam como espiões para a cidade paranaense. Isso por que, segundo o Pentágono, há indícios de que há uma base do Al Qaeda em funcionamento num município vizinho à L.A.C. A principal suspeita do exército americano recai sobre um líder de origem árabe que, já há algum tempo, busca obter o controle de toda a região. O motivo de tal ambição é o petróleo ainda não-explorado na região e sabido de poucos. Houve até um caso de descoberta do combustível fóssil na região, mas o tal árabe providenciou pra que dissessem que o petróleo não possuía valor comercial. Fato é, caro leitor, que com uma Base Espacial na região, os passos da Al Qaeda no Brasil seriam acompanhados de perto por Washington.
No entanto, não só de política vivem os yankes. Dizem que o presidente americano tem uma certa afeição por L.A.C. Fontes ligadas à Casa Branca afirmam que as festas realizadas no município são muito apreciadas por George W. Bush por lhe fazerem lembrar do Texas, seu Estado de origem. São festas com bois, cavalos, peões e, ocasionalmente, alguns duelos e “bang-bang”.
Mas saiba que os americanos são ainda mais detalhistas do que pensamos. Eles analisaram também um terceiro e quarto motivo. Esses, diferentes dos dois primeiros, não são álibis para uma Base Espacial. Tratam-se dos mais importantes motivos que os fizeram vir para solo tropical: o físico e o intelectual. A longo prazo, a NASA quer transferir para L.A.C sua sede de estudos espaciais. Isso por que os cientistas acreditam que ali estão os melhores astronautas. Um simples e convincente exemplo, é o fato de 95% do corpo administrativo da cidade viver com a mente na Lua. Com esse talento natural de “boiar” e estar com a mente no espaço, os gastos com equipamentos de simulação seriam reduzidos drasticamente. Além disso, existem coincidências incríveis que pesaram no consenso dos sobrinhos do “Tio Sam”. Assim como na Lua, há muito tempo atrás houve água em abundância no município. Também foi notado que o asfalto de L.A.C é, em muito, parecido com a superfície lunar. Ambos são cobertos de crateras que podem ser vistas a km de distância e a olho nu. Com tais características, as experiências seriam ainda mais proveitáveis, além de econômicas.
Isso é bom pra alertar o leitor do pequeno município, que sempre acusou a administração de descaso. Prefira pensar, caro leitor, que aquilo que você chama de descaso é chamado de progresso por alguém. Certamente por pessoas que enxergam além. Verdadeiros astrônomos. Afinal de contas, boiar no espaço é algo que o homem sempre buscou!!!!

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Loucura


Bateu-me um desejo de loucura...Não sei explicar!!
Aquela vontade de não ordenar os pensamentos e deixá-los vir aleatoriamente à minha mente... e assim permanecer!

Uma irresponsabilidade quanto à palavra dita, ao olhar lançado, o sorriso suprimido...

Ah!!! Se isso não fosse o mesmo que não querer crescer...

Mas como, por hora, a estagnação me é imposta...

Permitam-me um instante de inércia!!

Deixem que os brados do silêncio calem as perturbações da alma...

Deixem-me estar assim...

Será melhor pra nós que, antes de falar novamente com alguém,

eu possa me resolver comigo mesmo!!!

Aí talvez eu possa lhes dizer quem sou...

Atacama


Dizem que a esperança é a última que morre.
Então provavelmente ela resista ao deserto de mim mesmo quando resolvo me transformar no Atacama.
Que assim seja.
Que ela seja como a praga que absorve as substâncias do veneno que lhe é dado e, rapidamente, produz anticorpos para combatê-lo.

Mas que ela faça isso por si só.
Quando me bate a aridez desértica, também não costumo oferecer condições para que nada se mantenha.
Por isso, tudo que quiser permanecer em mim terá de se adaptar ao meu clima volúvel.
Não mato nada. Apenas deixo de ter o cuidado para que continue vivo.
Faço de conta que isso não é uma forma de assassinato.

Nesse processo eu deixo de “ser”... passo a simplesmente “estar”.
Sim... é exatamente isso!
Um deserto não é nada! Talvez tenha sido um dia... ou talvez venha a ser...
Mas ele não é. Simplesmente está.
Nada nele é mensurado! Tudo é sem controle e intenso! A poeira, a aridez....
O calor infernal durante o dia... o frio glacial durante a noite!!
É... a esperança terá que ser versátil caso queira ficar.

Mas como posso eu falar do deserto sem nunca ter estado nele?
Sei lá! Ocorreu-me derrepente que é o mesmo que falar de mim.
Pois às vezes falo de mim com a impressão de que nunca estive em mim mesmo...
Mas, em todo caso.... que o ditado seja verdadeiro...
Que o deserto morra e a esperança permaneça!!!

08/10/2007