domingo, 6 de setembro de 2009

Nada com nada...

Há certa antipatia entre mim e o segredo. Não nos gostamos. Vivemos naquela loucura: Eu tentando desvendá-lo, e ele se escondendo de mim. É como se fosse uma briga de gato e rato. Na verdade tenho medo de segredos. Sempre me dão a sensação de que, no lugar aonde eles chegam, a confiança morre.
Sei lá. Talvez eu esteja errado. Talvez tudo isso seja apenas uma justificativa para a minha curiosidade. Mas acredito, sim, que segredo e confiança são incompatíveis. Principalmente num relacionamento. Aquela coisa de cartas na mesa e jogo limpo é a saúde da boa convivência. Nada melhor do que poder ser a gente mesmo sem ter que se preocupar com isso. Sem máscaras, sem ter o que esconder. Um dia, na Igreja, ouvi dizer que Deus sabe todos os nossos segredos. Até mesmo aqueles mais ocultos. Sabe dos nossos pensamentos e sentimentos. Enfim... como diz o Salmista, Ele nos sonda. E certamente é por isso que Ele nos ama tanto. Ele nos conhece. Não se pode amar o desconhecido. Portanto, quanto maior a vontade der ser amado, tanto mais importante se deixar conhecer, falar de si, esquecer segredos. Na vida real, o mistério não faz parte do amor. Amar é revelar-se...

2 comentários:

Caroline G. Gil disse...

Gostei de ver seu ponto de vista. E achei muito interessante !!! Parabéns!!

tarciso disse...

Algumas coisas há, entretanto, que não é possível confessar sequer a si mesmo. Só que isso talvez não seja propriamente um segredo mas uma auto incógnita que ainda não se conseguiu revelar... Mistério da alma humana.