domingo, 27 de setembro de 2009

Atitude...

É bíblico. No livro de Gêneses, Deus disse a Abraão: “Sai da tua terra, do meio dos seus parentes, e da casa de seu pai, e vá para a terra que eu lhe mostrarei”. (Gen 12,1).
Não à toa, Abraão é considerado o Pai da Fé. Todo o povo judeu descende dele. Deus prometeu a ele uma imensidão de território. E assim foi. A única garantia que lhe foi dada foi a Palavra de Deus.
Mais um pouco de Bíblia. No livro do êxodo está escrito que os Judeus haviam sido libertos do Egito depois um grande período de escravidão. Ficaram 40 anos perambulando pelo deserto. Quando conseguiram ver a terra de onde foram levados, viram também que o território havia sido ocupado pelos filisteus e precisava ser reconquistado. Moisés tinha acabado de morrer. E diante do grande desafio, o novo líder, Josué, ouviu a seguinte ordem de Deus: “ Sou Eu que estou mandando que você seja firme e corajoso. Portanto, não tenha medo porque Seu Deus estará contigo onde quer que você já!” (Jos 1,9).
Em comum nas duas passagens citadas acima: o desafio da conquista, e a necessidade da coragem.

Abraão poderia muito bem dizer a Deus: "Não vou. Quero ficar aqui em Ur, com meus pais. Aqui tenho conforto, tenho os meus próximos de mim. Não pretendo trocar o certo pelo duvidoso. Tenho medo."

Da mesma forma Josué poderia argumentar: "Mas, Senhor! Temos mesmo que entrar em conflito com esse povo? O Senhor não poderia, simplesmente, fazer com que eles saíssem de nossa terra? Tenho medo!"

Felizmente não cometeram esse erro. Perceberam que toda a ação de Deus pede uma contrapartida do homem. Perceberam que é preciso sair da zona de conforto, fazer escolhas. Fazer renúncias. É preciso maturidade para nos apossarmos da promessa.

Sei lá. Acho que somos muito medrosos. Queremos saber exatamente onde as coisas vão dar, como se soubéssemos do amanhã. Elevamos o medo ao status de inteligência e nos esquecemos de viver. O que você espera para assumir seu papel e traçar o rumo da sua vida? Até quando nos esconderemos atrás das incertezas do futuro em vez de reconhecermos urgência de conjugarmos o verbo "agir" na primeira pessoa? Acho que é o Augusto Cury que costuma escrever: "precisamos ser os protagonistas no teatro da nossa existência".

Enfim... passou da hora de entrarmos em cena. Somos o que vivemos, e não o que planejamos. Somos verbos, e não substantivos.





Um comentário:

Gi Olliotti disse...

Engraçado quando paro para visitar seu blog suas palavras SEMPRE tem uma proximidade com o que estou vivendo. Preciso agir mais do que pensar. Ter atitudes concretas diante da minha vida. Obrigada por me lembrar que "Somos verbos e não substantivos".
Deus continue te abençoando meu amigo!
Um abraço