terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Rabiscos de Natal...

Joana andou cômodo por cômodo da casa onde mora na zona norte de Londrina. Olhou portas e janelas para se certificar de que tudo estava devidamente trancado. Só então entrou no carro lotado de malas. Uma só de presentes: Carrinhos, roupinhas, chupetas. Tinha de tudo.

Sabia que nada faltaria ao sobrinho que acabara de nascer. Certamente os pais já haviam cuidado de tudo. Mas quem ama não usa o amor de terceiros como parâmetro. Ama e pronto. Foi com essa convicção que ela pegou a estrada rumo à Jacarezinho, onde estava o mais novo membro da família.

Na noite anterior Felipe havia feito rigorosamente o mesmo que Joana antes de sair de casa. Aprenderam com a mãe que não deveriam dar bandeira ao azar. Mas, em vez de entrar no carro, o jovem de 28 anos arrastava as malas pela rodoviária de Curitiba. Teria apenas 2 dias pra ficar com a família e conhecer o sobrinho que, segundo diziam, era a cara dele. Mas pra ele o pouco tempo que passariam juntos era melhor que nada. Ele só queria estar junto da irmã e mostrar que, apesar da distância, o amor os unirá sempre.

Não sei ao certo que nome escolheram para o sobrinho de Joana e Felipe. Na verdade não pensei nisso. Não achei importante. Mas... sei lá. Talvez pudessem chamá-lo de "Jesus". Porque, quando celebramos o nascimento de Jesus, é exatamente isso que acontece: Aqueles que se amam, se juntam. Saem dos mais distantes e deiferentes lugares para se reunir e festejar. É nessas horas que fica claro que a solidão é algo inadmissível para o amor. E a companhia daqueles que amamos é, sem dúvida, o melhor presente.

Por isso, para aqueles que vão se juntar no natal e viverem o pleno sentido da data, meus votos de felicidades.

E para aqueles os que passarão o dia sozinhos, assim como eu, coragem. Já dizia o poeta que é na solidão que se valoriza a presença.

Um comentário:

Aline B. disse...

Um feliz natal pra você. Obrigada por nos brindar com reflexões tão belas. Adoro seu estilo.