segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Rascunhos!!!

Nem me venham com essa história de que sou pessimista. Prefiro a "alcunha" de realista. Apenas me alimento dos fatos. As expectativas são meros aperetivos, que ao invés de matarem a fome, abrem o apetite. Definitivamente, não as quero.
Acontece que tem pessoas (amigos, colegas) que torcem por mim. Tanto que elas próprias, por sua conta e risco, me contrataram como repórter da Rede Globo de Televisão. Mas os fatos não são esses.
Sou um jornalista recém-formado, chamado de "foca" pelos que são da área. Estou cobrindo férias numa afiliada da Globo, como um funcionário contratado provisoriamente por uma empresa terceirizada. Meu contrato começou a vigorar em dezembro de 2007 e termina no final desse mês. Depois "The End". Procurarei serviço. Em Londrina, Curitiba, até mesmo em Jacarezinho, se for o caso. Aprendi a não ter expectativas. Trabalho para aprender a ser últil. E por enquanto me acho longe disso. Mas a esperança existe. Esperança de que eu consiga, nesses dias que me restam lá, exercer um bom trabalho. Ser um bom profissional e uma boa pessoa. Que eu aprenda com os erros, que eu perceba minhas falhas e as evite com afinco. Que eu não perca de vista o lugar de onde eu vim pra alimentar o sonho de fazer com que minha mãe se orgulhe do filho que criou.
Enfim, meus caros: Fabiano é alguém em busca de seu espaço. É uma criança que ainda não anda sozinha, sem apoio. É a teimosia de querer ser melhor mesmo contra uma série de limitações. É assim (e só assim) que eu me vejo. A literatura machadiana diz que "o menino é o pai do homem". A minha realidade não tem o fascínio que é típico das histórias de sucesso. E o motivo é simples: a história está em andamento. O sucesso dela depende da minha competência em escrevê-la. Ainda estou rascunhando.

Um comentário:

tarciso disse...

Fabiano, mais uma vez me vejo um tanto retratado em sua escrita. Também sou realista, mas ao me debruçar sobre o gráfico de minha trajetória profissional percebo que houve um "antes" quando eu era apenas um adolescente estudante de contabilidade em Jacarezinho. Me tachavam pedante - até meus familiares - por usar um vocabulário rebuscado para a minha condição e idade. Mas eu era apenas um garoto tímido e ávido leitor que me escondia atrás das palavras que me fascinavam. Nunca fui metido como muitos afirmavam. Uma coisa me lembro bem dessa época - eu queria ser alguém - não sabia como isso iria acontecer, mas eu queria e como queria... Esse meu querer - entendo assim - foi a fonte da minha energia e insistência para evoluir. Sempre tive medo de ser um fracasso. Não fui e com aquele meu querer inabalável forcei as portas a se abrirem para mim... Você fará o mesmo e muito mais porque tem caráter, vontade e perseverança. Sucesso pra ti!