quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Eneagrama

Foi a Gisele, uma amiga lá de Maringá, quem me apresentou o Eneagrama. Gostei dele. Ainda não posso dizer que somos amigos, mas ele me pareceu confiável. Disse pra mim que na classificação dos 9 tipos de persnolidades que ele faz, eu me enquadro no número 1: "o perfeccionista".
Vejam bem: eu disse perfeccionista, não "perfeito". Até mesmo porque é minha própria imperfeição que me faz ser assim. O Eneagrama me conhece bem. Sabe que sou mais exigente comigo mesmo do que qualquer outra pessoa pensa ser. Que as críticas dos outros é o que sempre espero. Que odeio ir pra casa com as pessoas batendo nas minhas costas e dizendo que fiz um bom serviço. Segundo o Eneagrama, eu não sei lhe dar com elogios. Sempre os acho muito falsos. Nunca acho que as coisas que faço ficam boas.
Acho até que os editores que trabalham comigo (e não só eles) se chegarem a ler isso serão tentados a dizer: "ainda bem que ele sabe o quanto é fraco!!!". E farão isso com a mesma razão que têm quando me corrigem.
Tudo pode ser melhor do que é. Tudo pode ser aperfeiçoado. E não me digam que é só o tempo que pode ajudar. Tempo não é andador de criança pequena. Ele apenas ajuda a lapidar a pedra bruta que está em nós. Mas não faz isso sozinho. Precisa do nosso empenho, do nosso perfeccionismo, da nossa dedicação.
O Eneagrama disse que esse perfeccionismo, quando em exagero, é perigoso. Pode se tornar uma espécie de utopia, algo que se busca sem conseguir achar. Mas, no momento, tenho mais medo da inércia do que da busca desenfreada!!

Um comentário:

tarciso disse...

Fabiano, primeiramente gostaria de ter acesso a esse eneagrama. De outro lado, não adiantaria muito, porque o resultado vai ser o mesmo que o seu... eu até gosto de elogios mas também não sei lidar com eles e raramente confio nas opiniões elogiosas a meu respeito. Afinal, eu me conheço bem melhor que a pessoa que eventualmente tece loas a mim e ela, na melhor das hipóteses, conhece apenas um pouco da embalagem... Já acho que o tempo não interfere no resultado do que viermos a ser. Conheço velhos inexperientes e pessoas relativamente jovens que aprenderam bastante. Determinante mesmo é a forma como nós administramos o uso do tempo: a nosso favor ou contra...